Das bruxas fui o gato preto,
o corvo, o caldeirão
a colher de pau...
Jamais, em tempo algum,
fui o chapéu,
a roupa negra,
aquela espetacular vassoura
rodopiando pela lua cheia...
jamais a escova que penteia
o cabelo desgrenhado!
Sempre em último plano!
Sempre sorrindo o sorriso com dano,
prejuízo!
Sempre de lado, nunca no centro da questão!
Sempre a dama insegura...
Quanto à bruxa....
coitada de mim:
nem para temperos servi!
Há dias em que a gente se sente assim!
Margaret Pelicano
Brasília - DF -
25/05/2006
Coitada de mim...
Das bruxas, fui somente a verruga.
Nem gato, quanto mais preto...
Branca demais,
talvez tenha sido
por demais transparente.
Nem bruxa sedutora...
Nunca fui sequer a vassoura.
"Pode parar....!"
Nem em sonhos consegui voar ...
a noite entre as nuvens,
e ao redor da lua dançar.
Nariz arrebitado?
o meu é mais para achatado....
Caldeirão!
Porção mágica!
Feitas assim para arrebatar um coração?
Estas eu nunca aprendi.
Será tenha sido este ...
um dos motivos pelo qual eu te perdi?
Eneida de Lima Lemos
São Paulo - SP -
26/05/2006
Coitada de mim.....
Das bruxas fui o caldeirão
que aqueceu a paixão
e que manteve em fogo brando
teu corpo e teu coração
Fui das bruxas o caldeirão
comportando os teus sonhos
poções de felicidade,
magia e sedução
Hoje posto de lado
sou caldeirão enferrujado
no sótão da solidão
Beatriz por um triz*
São Paulo - SP
Fundo
Musical: Woman
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