Ouçam as vozes caladas no pregão da sua escrita. Que não se perca o eco das palavras com que descreveram o sonho. Falo dos que partiram d’entre nós Dos poetas que deixaram este mundo Hoje estarão no etéreo mais profundo Vamos ficando cada mais vez mais sós. Eles souberam merecer a eternidade Esses seres superiores, que admiramos E os seus versos que todos amamos Irão permanecer na posteridade. Adiamos no tempo a nossa história Vergados à saudade dos amigos Sempre rendidos à sua glória, Mas os seus versos não estão perdidos Porque eles nos povoam a memória E estão presentes nos nossos sentidos. Eugénio de Sá Como podem dizer-me que um poeta morreu? Um poeta não morre. Torna-se eterno, imortal! Permanece vivo para nós, por tudo que escreveu. Suas obras é o seu legado, poemas sem igual! Não escreveu pra ele, escreveu para várias gerações. Seus livros são obras primas, tesouros literários. Estrofes em poesias, formando um verdadeiro relicário. Seus poemas quando lidos, aninham-se em corações. Se um poeta morrer, mais do que nunca vivo estará, Pois em nossa lembrança ficará permanentemente. Poderemos prantear com pesar sua eterna ausência. Mas em seus escritos, ficará conosco perenemente. Em cada página de seus livros está um pedaço seu. É só abri-lo e de seu talento poderemos desfrutar, Ainda que umectando as folhas com pranto meu. Deus chamou o homem, mas o poeta há de ficar! Ary Franco (O Poeta descalço)
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