No meu eu, mergulho
procurando você em mim.
Rodopio com minha alma
traçando desenhos abstratos
sem simetria.
Grito, mas ninguém me escuta
minha voz ecoa pelos caminhos
cortando o silencio que machuca
que aniquila meu coração.
Ouço somente a voz da solidão
ouço meu pranto perdido...
Enveredo pelas encruzilhadas
vou de encontro a escuridão.
Nesse turbilhão, procuro você
alma gêmea, alma minha
que a vida um dia separou.
Brinco de ser feliz
sorrio ao vento, espanto a dor
afugento as saudades.
Sou como flor solitária
a beira da estrada,que demarca
meu destino.
Vou em busca da sombra fresca
para refrigero da alma,
tentando aquecer o coração.
Caminhando sozinha,
a procura de mim mesma.
Nesse voo solitário
desenho sua silhueta na imaginação
emergindo da emoção.
Arneyde T.
Marcheschi
Vitória - ES - 17/07/2005
www.vidatransparente.com.br
Sou como uma folha seca
levada pelo vento, seguindo
na mesma estrada do seu "Eu"
Ouço seu grito, sinto sua solidão.
Almas gêmeas nunca se separam,
caminham lado a lado...
Não existe distância entre o céu e a terra
existem; nuvens, lua, estrelas,
existe um sol que te aquece e me fortalece.
Através disso tudo me sinto por perto,
chego a sentir o cheiro dessa flor solitária,
chego a me inebriar com seu perfume.
Quero enxugar suas lágrimas, acariciar
seu rosto, passar as mãos sobre seus cabelos...
mas, só me é permitido estar por perto de você.
Feche os olhos, me sente como eu te sinto,
me ame como eu ainda te amo.
Nunca se esqueça, que estou aqui,
seguindo seu voo solitário.
faffi (Silvia
Giovatto)
São Paulo - SP -
30/09/2005
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