Dueto: No mar da minha vida...

Recebi em 04/11/2005


No mar da minha vida... - Arneyde T. Marcheschi

Mergulhando em águas límpidas
procuro nas profundezas, você.
Esse alguém a quem muito amei,
que modificou minha história,
que escreveu capítulos e capítulos
de um lindo romance de amor.
Você que se perdeu nas brumas...
levando junto meu coração,
minha alegria de viver,
você que tanto amei...
Hoje, perdida no oceano azul
sigo, navegando a deriva,
procurando por entre as ondas
seu rosto,seu vulto lindo e amigo.
Em cada peixe que passa
pergunto de você...
no silencio em meio a vastidão
ouço apenas seu lamento,
seu pranto dorido, na hora do adeus.
Imergindo do devaneio
ergo meus olhos marejados
pela grande saudade,e sinto a paz
que vem no calor do sol
que aquece a água fria, me
conforto em saber que não estou
tão distante, que não estou sozinha
sinto seu corpo quente a me abraçar
a me dizer, estou aqui,
onde ainda existe a esperança.
E ao ouvi-lo, meu pranto cessa,
sereno meu coração, aquieto minh'alma.
Sinto a voz suave do vento
e uma grande fé renasce em mim,
afinal sinto a vida que recomeça
me sinto quase feliz...
Não estou mais sozinha,enfim
tenho suas recordações...
tenho seu carinho, ainda sinto
você pertinho de mim
como antigamente...
Somos unos, jamais deixaremos
esse amor morrer.

Arneyde T. Marcheschi
Vitória - ES - 03/11/2005
www.vidatransparente.com.br

Navego no teu mar - Helô Abreu

Perigosamente conduzo o meu navio
Para mares que não domino,
Direcionando-o para oceanos que se ligam
Sem pudor.
Velejar,
Sentir a brisa,
Prever tempestades,
Ondas gigantes,
Ataques de monstros marinhos,
Palpita assim o meu coração,
Fechado num corpo à deriva.
Transponho o tempo real,
Vingo-me de relógios corredores,
Atraiçoo os dias e as noites…
Vejo a lua,
Vejo as estrelas,
Vejo o sol,
E por vezes nuvens negras revoltadas…
Segundos intensos e breves em que tenho noção…
Se estou perante a madrugada,
O dia,
A tarde ou uma noite estrelada.
No meu navio descontrolado
Vejo o que nunca vi,
Cheiro o que nunca cheirei,
Sinto o que não imaginava poder sentir.
Perdida no mar,
Escondida nas águas salgadas,
A boca procura o doce que aqui não existe,
O doce e o amargo que se completam…
E que recordo sorrindo.
À deriva,
Ou dominando todos os mares,
Procuro-me
Achando o espaço que me rodeia o corpo,
Que influencia a minha alma.
Procuro-me,
Perdendo-me por momentos,
Vagabunda, mendiga sem pouso certo.
Certo é o que não existe,
Porque nada é certo…
E o errado nem sempre o é.

Helô Abreu

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