A febre me consome, deliro! Meu corpo arde e na plenitude. Ao meu redor tudo some... Restam somente imagens desconexas côncavas convexas! Arde em meu peito, deito, em suas côncavas, delirando, êxtases desconexas das imagens... Na plenitude da febre, encontro-me, com suas convexas, restando apenas o teu corpo, consumindo o meu... Tema sempre igual... Teus braços erguidos, tua voz chamando lábios entreabertos sorrindo... olhos pedindo! Sem forças, em meu desatino tento... Desatino o sangue latino, implorando tua boca sorrindo, perdido nos teus olhos, abraço-te chamando, na igualdade dos nossos temas... Ergo-me. Não consigo... Minha ansiedade me derrota, acaba comigo! Levanto-te entre meus braços, solto sua ansiedade, o meu orgasmo, dorme comigo... Os olhos teimam em permanecer cerrados, receiam estar errados, não ter compreendido o sentido de tuas frases loucas, os murmúrios que suspiram tua boca! Mãos tremulas, deslizando diante de meus olhos, salpicando de beijos ardentes, ouço os murmúrios açoitados, permanecendo inerte, diante do gozo... Sinto sobre meus lábios, os teus lábios que como brasas, ardem. Sobre meu corpo o pulsar do teu corpo. Suas frases desenfreadas, suspiram dentro da noite, latejando teus lábios grandes, em pulsar suaves... Sobre minha alma a tua alma! Exauridos estamos ou estou me iludindo? Sobre nossas almas exauridas, floresce a fragrância carnal, colorindo a ilusão dos sonhos percorridos... Diga! Na incongruência de meu desatino, não atino com o que é realidade, o que é insanidade! A verdade irrefutável é que mesmo demente... Sei que te amo! Digo que não é demência, pois o meu tino saudável, desmente a sua insanidade, creio na verdade recíproca, refutando a sua incongruência... Sei que te adoro! Theca Angel Angelo Sansivieri
|