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Debocho desta vida, desdenho desta lida rindo dos seus desastres, dos seus impasses. Não estou nem ai, com teus chiliques, não vou ficar aqui, pedindo para que fiques... Sacudo as intrigas, desfaço as brigas, desminto fofocas, mando índio pra oca, não engulo mais sapos. Meus desastres nesta vida, foram todos desdenhados, por tua boca, minha querida, agora, aguenta os meus desbocados... Enjoei de ser boazinha, queridinha, bobinha. Na minha taba, não tem fofoca, como índio, só caço rã, não adianta se fazer de boboca, porque, enjoei, do amanhã... Agora sou pedante, faiscante, rascante. Fiquei exibida, colorida, assumida. Desbocado e pertinente, vou soltando os adjetivos, agora sou diferente, nos meus aperitivos... Agora eu sou mais eu. Nem me importo se fez sol ou se choveu. Estou pagando pra ver se você, de mim, se esqueceu... Faça chuva, ou faça sol, também pouco me incomoda, você sempre esteve, no meu anzol, mas, agora, acho que esta fora de moda... Odete Ronchi Baltazar Angelo Sansivieri 
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