Aqueles aparelhos que têm a tal vogal à frente.
Desesperador! A gente não consegue conversar, porque logo chega uma mensagem
de alguém que está longe, querendo saber o que se está fazendo, o lugar onde
a pessoa se encontra, com quem está, o que come, o que veste, que hora é,
como está o tempo.
Nesse momento, corta-se o assunto com quem
está conosco, querendo manter uma conversa acolhedora, agradável, amorosa.
Não há sossego! Onde tem conexão… o assunto é só com quem está longe, bem
longe. Se perguntamos sobre o apego ao aparelho, respondem: “Só desta forma
posso manter contato com as pessoas que estão bem longe, lá onde moro!” Quem
está perto e não vê constantemente… está sempre em segundo plano e se sente
desprezado. Nem tenta forçar um papo, porque a compenetração do outro é tão
grande, que é pouco provável que nos escute ou dê a atenção desejada e
esperada.
Quem está longe deve entender que tem as
pessoas em tempo total e quando ela se afasta, é normal dar atenção a quem
não vê sempre, de quem sente saudade e que também sente a falta dela. É
questão de obedecer ao breve afastamento, estabelecer contato espaçado ou
urgente e não, a todo momento e com perguntas que pode-se esclarecer no
retorno. Penso que quando se retorna, nem tem assunto a tratar, porque já se
falou tudo.
Quero permanecer apenas com o
notebook, o netebook e o computador de mesa.
Nada de celulares bastante modernos, tablet’s e aparelhos
que podam a relação real entre as pessoas. Desse modo posso conversar,
gargalhar, passear sem ter quem se apodere do meu curto tempo ao lado
de quem amo.
Quero o mundo
real!