São emoções diferentes! Quando conseguimos
aprovação num vestibular, para um determinado curso, é um sonho que se
realiza.
Parece que a partir daquele momento conscientizamos da
nossa responsa-bilidade e nos sentimos adultos.
Quanta alegria e felicidade, agora nossa vida terá um
novo rumo.
Precisamos de um emprego e também nos realizar
profissionalmente.
Talvez o fato de conseguir uma vaga na Universidade,
concorrendo com vários candidatos, e vitória alcançada, seja algo
inesquecível.
É apenas o começo de outra fase na vida.
Universidade particular, curso que exige bastante
dedicação e renúncia de muitos prazeres na vida.
São cinco ou seis longos anos na luta diária.
De repente o emprego já não faz parte de sua vida, não
foi possível conciliar tarefas escolares trabalhando fora.
E agora como pagar uma faculdade?
Os valores são altíssimos, a família se desdobra na
ajuda financeira.
Às vezes aparece um outro emprego com menos carga
horária, mas devido a indisponibilidade de tempo para outras funções, logo é
despedido.
Mesmo assim o estudante continua na luta.
Vem a perda de um ente querido.
O sofrimento está presente e mesmo com a dor e o
desânimo ele não desiste da busca.
Sem emprego, sofrendo, sem condições financeira para
conseguir o almejado diploma, não só para ele, e sim muitos em nosso país.
O tempo passa junto com as dificuldades; mas é chegado
o dia da vitória.
Outra preocupação.
Como participar de tudo que lhe é dedicado?
É uma homenagem final que conseguiu com sacrifícios.
Luta novamente.
Vem a aula da saudade, a colação de grau, Culto
ecumênico, e enfim o desejado baile, o sonho esperado...
Pronto. Estou formado, e agora o que farei?
O emprego não é fácil, os concursos sempre mais
complexos, então vem a terrível revolta, a decepção e a depressão. Pergunta
a si mesmo: De que adianta este diploma?
Currículos são espalhados e nada, o sonho vira
pesadelo.
Esta é a realidade vivenciada para muitos recém
formados nos dias atuais.
Adolescentes já formados com mais de três anos não
conseguem ingressar no mercado de trabalho.
Quanta discrepância!
Para uns existe facilidade total, ganham sem ao menos
trabalhar e para outros a dificuldade ainda persiste.
Que país é este?