Finalmente chega o dia tão sonhado! Unimos nossas vidas pelo amor através dos laços matrimoniais. Tudo é lindo, mágico, só existe sonhos e expectativas pois é uma nova fase que vamos viver juntos.
A emoção é evidente, mas aquelas palavras afirmadas, consciente de
nossa pretensão é uma profunda reflexão. Prometemos amor, fideli-dade, respeito, compreensão nas horas difíceis e vivermos juntos até
que a morte nos
separe são palavras afirmativas.
É justamente neste momento que começamos a pensar: Até
quando?
Quantos anos teremos para frente? Qual será nosso destino? Será que
teremos
forças para cumprir o que prometemos? Chegaremos juntos
até a fase final?
Nosso amor será sempre verdadeiro?
O tempo vai passando, filhos chegando, dificuldades aumentando, e nem
sempre estamos preparados para enfrentar o que estamos vi- vendo.
Muitas vezes achamos que não vamos conseguir sobreviver mas se existe amor
tudo torna mais fácil. Os anos vão passando, filhos adolescentes,
preocupações diferentes.
Já não temos tanta paciência em aceitar o dia a dia, vem o cansa-ço, a
falta de diálogo, desilusão, incompreensão...
Existem casais frustrados com a idade ou tempo vivido a dois, perce-bem que as transformações visíveis, e se acham inúteis, talvez
devido a rotina
ou desgaste, pois cada fase da vida tem uma beleza que lhe é peculiar.
Esquecer a realidade e querer agarrar-se a fase de outrora não é pos-sível, pois não há como impedir a evolução da vida sem perceber que o
tempo passa, e só o afeto e carinho é capaz de manter o encanta- mento que ainda
existe.
Passamos por várias experiências, emoções,
sofrimentos, alegrias e
tristezas nestes longos anos de união, estamos passando pelo teste do
tempo,
pois é através dele que percebemos que o amor continua, não como uma frenética paixão, porém mais tolerante e dependente.
Amamos, queremos bem, às vezes não percebemos mas
estamos rea-firmando as palavras ditas há muitos anos de que a nossa união é
ver-dadeira e
indissolúvel, e cada dia precisamos mais um do ou-tro. Ainda temos
sonhos, ilusões, sentimos às vezes como adolescen-tes, mas o amor outonal
é assim, a outonal é assim, amar, sem nada pedir, so-mente amar...