FOI
APENAS UM PASSEIO PELOS MARAVILINDOS LENÇÓIS MARANHENSES
Marcial Salaverry
A
Natureza por vezes resolve nos mostrar porque sempre devemos
amá-la e respeitá-la acima de tudo, pois sempre nos está brindando
com algumas maravilhas tão maravilhosas, que a expressão mais
correta seria maravilinda...
A
região de Barreirinhas, no litoral Maranhense, é um desses
brindes especiais de nossa Mãe Natureza, eis que ela caprichou com
os tão decantados Lençóis Maranhenses...
Muito ouvi falar deles,
e um dia, resolvi conferir.
O que me haviam dito foi pouco, já que
a beleza selvagem da região, é para encher os olhos de qualquer um
que apenas simpatize com a Natureza. Para quem a curte de
montão, é algo de indescritível.
De
São Luiz a Barreirinhas são 300 quilômetros de uma estrada até que
boa, em se considerando onde estamos.
Barreirinhas, às margens do Rio Preguiça,
justifica o nome.
Típica cidade de interior, pacata e mais do que
sossegada.
Algumas pousadas dão boas condições de hospedagem para
os visitantes.
Na realidade o que falta é uma boa divulgação para
que este lugar possa ser um pólo turístico.
Infelizmente o Estado
do Maranhão ainda não despertou para o tremendo potencial
turístico que sua Natureza bela e agreste oferece.
Divulga-se mais
o reagge, o Marafolia, o
Bumba meu Boi, mas se esquecem das belezas naturais, tanto
de São Luiz quanto de outras localidades, como Barreirinhas, por
exemplo.
O
espetáculo maravilhoso que nos é oferecido pelas dunas dos
Lençóis Maranhenses já foi visto por todos aqueles que assistiram a novela O
Clone.
Todas aquelas
cenas que mostravam o deserto, foram filmadas aqui.
Para chegar-se aos Lençóis, é uma aventura
interessante, a bordo das chamadas “Voadeiras”, que são velhos
jipes Toyota, que vão se arrastando pela areia até chegar à base
das dunas, que deverão ser enfrentadas por nossas pernas, que não
são “voadeiras”, mas sim, tão arrastantes
quanto os Toyota heróicos, que nos levaram até lá, depois de
algumas atolagens.
Percorrer estas dunas, é um teste para a
resistência física de qualquer um, pois durante a caminhada, cheia
de subidas e descidas, ficamos com os chamados bofes de fora...
Cada passo é um tremendo esforço.
Infelizmente nesta época do ano
o espetáculo fica um pouco prejudicado, pois as lagoas que se
encontram entre as dunas, estão quase secas.
Mas sempre podemos
imaginar como deve ser sua beleza quando
cheias.
Depois desse esforço todo, nada como um
repousante passeio de lancha pelo Rio Preguiça, que justifica seu
nome, pois suas águas andam (não podemos dizer que correm...)
mansamente por seu leito.
Assim, sonolentamente chegamos a Caburé,
outra praia da região, para um almoço típico, e uma gostosa sesta,
pois ninguém é de ferro...
O
passeio poderia ser complementado com mais um passeio de lancha
até a cidadezinha que atende pelo curioso nome de Atins.
Mas bateu
preguiça (talvez por influencia do rio...). e acabamos deixando o
passeio para uma outra vez.
A grande beleza do
passeio, fica mais uma vez por conta da Natureza, pois não pode
haver espetáculo mais lindo do que o nascer e o por do sol em
regiões assim.
O céu
se tinge de um vermelho tão vivo e a enorme bola de fogo,
surgindo, ou partindo, é algo para ser visto em posição de
sentido, e com muitos aplausos. Sem dúvida, o maior espetáculo da
terra.
Mas não podemos esquecer da beleza que nos
oferece uma noite de lua cheia, em um céu incrivelmente
estrelado.
Algo para não ser esquecido jamais, e que lindos
romances sugere e propicia...
Realmente é algo que vale a pena
conferir...
E
com essas imagens ainda diante de meus olhos, desejo a todos UM LINDO DIA, a ser repetido sempre
que as lembranças de algo tão belo nos acudirem à memória,
atentando que ela (a memória) ainda
existe...
Lembrando que este texto foi publicado
em 08/10/2005, quando estive lá...
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