A falta de diálogo é como uma doença
 
Recebi em 21/06/2023
 


A falta de diálogo é como uma doença que vai minando um relacionamento, até provocar o estado de coma...
E é isso que causa o fim de muitos relacionamentos que poderiam ser lindamente vividos, podendo terminar o que poderia ser uma bela amizade...
Ósculos e amplexos
Marcial


A FALTA DE DIÁLOGO É COMO UMA DOENÇA

Marcial Salaverry

 

A falta de diálogo é realmente o atestado de óbito de um relacio-namento, seja de que nível for.

Seja entre marido e mulher, seja entre pais e filhos, seja entre ir-mãos, seja entre amigos.

Quando se chega ao ponto de não ter mais nada a dizer, continuar para que?

Não há nada mais chocante do que a “presença ausente”.

E é isso o que a falta de diálogo provoca, faz com que as pessoas se sintam "ausentes ainda que juntas..."


O fato de se permanecer em silêncio, indica mesmo um certo dis-tanciamento, uma indiferença completa sobre o que se passa no íntimo.

A palavra dita, mesmo que brigando, denota algum interesse, mos-tra que o relacionamento não está morto.

Que existe ao menos uma tentativa a mais para um acerto de situação.

Não há nada mais triste do que, após ouvir um desabafo, permane-cermos calados, apenas olhando, sem dizer de nossa atenção, de nosso entendimento, ou até de nosso perdão, ou mesmo uma defe-sa, ou não, mas pelo menos falando algo, mostrando claramente nossa posição, o que pensamos sobre o assunto.

A indiferença fere mais do que a mais dura palavra.

Nesses casos, a impressão que passa é que se falou para uma árvore, uma parede, com algo inanimado, e não com alguém que até pouco tempo dividia sua vida.

Por vezes, esse silêncio se deve a uma culpa muito grande, e não tem argumentos para debater.

Então, cala-se.

Por que?

Defenda-se.

Acuse.

Mas diga algo, nem que seja uma besteira.

Ao sermos recebidos assim, com indiferença,  existem duas alter-nativas.

Ou insistimos, mesmo que provocativamente, como que atirando pedras, ainda que verbais, mas pedras para tira-lo da impas-sibilidade, ou chegamos à conclusão de que tudo terminou e não existe a mínima possibilidade de diálogo.

Então, um último adeus, e tchau, foi bom enquanto durou, porque não dá mais para conviver, se nem sequer o diálogo existe.

Esse é o pior tipo de convivência, um autêntico “distantes ainda que juntos”.

E não é agradável esse tipo de paz litigiosa.

O triste nesses casos, é que muitas vezes queremos falar, as pala-vras parece que nos chegam à garganta, mas engolimos tudo.

Talvez por timidez, por medo de falar, talvez para não comprome-ter alguém, talvez pelo receio de magoar, mas magoando mais ainda com o silêncio.

É como se houvesse um outro alguém dentro de nós, bloqueando a vontade de falar.

E deveríamos fazê-lo, pois muitas vezes aquilo que pensamos que poderá ferir, poderá ao contrário, aclarar a situação.

Essa é a importância do diálogo.

Definir posições.

Aclarar situações.

Acabando com situações dúbias.

Sempre é necessário mostrar disposição para esclarecer pontos obscuros.

E com o silêncio, fica mais difícil.

Depois, sim.

Uma vez que as coisas tenham se resolvido, poderá haver o silên-cio.

Seja aquele silêncio determinado pelo rompimento definitivo, mas claramente definido, ou então o silêncio determinado por um beijo de reconciliação.

O que é realmente importante, é que não pairem dúvidas sobre nossas decisões.

E isso só pode ser conseguido com diálogo, com um entendimento definitivo, com respeito pela pessoa diante de nós.

Seja qual for esse resultado, mas que seja consciente e coerente.

Sempre dialogando, sempre nos entendendo, sempre nos desejan-do UM LINDO DIA, sempre lembrando que o diálogo, o respeito, jamais podem faltar...É melhor lembrar de uma bela amizade, do que criar uma feia inimizade...
 

"Nossa vida é um autêntico espelho.  Reflete nossos atos.  Se damos bons sentimentos, os receberemos de retorno."
 Marcial Salaverry



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