Nivalda era uma menina daquelas que todos podem considerar co-mo
uma pessoa feliz, pois sua família sempre conseguiu dispor de meios para lhe proporcionar uma vida boa.
Morava em bairro de classe média alta em uma das grandes cidades do
interior de São Paulo, em ampla casa com piscina, frequentava boas escolas e sempre foi boa aluna.
Sócia do clube mais importante da cidade,
ainda na infância co-nheceu Ronaldo, com que namorou, estava noiva, e de casamento marcado.
Porém a vida preparou-lhe uma surpresa.
Em uma viagem de férias ao
litoral, conheceu um rapaz que soube seduzi-la.
Apaixonada, deixou-se levar
pela emoção desse romance cheio de aventuras.
Habilmente ele a fez experimentar um pozinho que a iria levar a um mundo novo.
De fato, ela entrou em um horrível mundo novo, deixando-se viciar
pela cocaína, que sequer sabia o que era, pois nunca havia sido ori-entada nesse sentido.
Após fazê-la tomar um pouco de bebida, foi fácil a iniciação ao ví-cio.
Culpa de seus
pais que não a haviam preparado para esse lado feio da vida, acreditando que ela jamais tomaria contato com isso.
Cheia de vergonha, fugiu
de casa e foi para junto desse mau ele-mento.
Quando
percebeu o que estava acontecendo, já havia descido al-guns degraus.
Estava viciada, e havia sido iniciada na prostituição para poder ad-quirir
a droga que já era necessária para seu organismo.
Desesperada com o ponto em que havia chegado, e acreditando que
jamais se livraria desse vício, decidiu por fim à sua vida, que já considerava totalmente perdida.
Com esse intento, preparou uma overdose
de cocaína e estava pronta para injetar-se com aquela dose fatal, quando casualmente viu
uma notícia no jornal sobre a ação do CVV (Centro de Valorização da Vida).
Enquanto criava coragem para a injeção definitiva, telefonou para o
numero que estava no jornal.
Foi atendida por um voluntário, que se identificou como “Nivaldo”.
Achou curiosa coincidência de nomes, e começou a falar com o ra-paz, que habilmente a fez abrir seu coração.
Sabendo de sua decisão de acabar com a vida que mal iniciara, ele
inicialmente procurou tranquiliza-la, pois ela estava “precisando” da droga, e muito nervosa.
Aos poucos, conseguiu controlar a situação.
Como que hipnotizada pela voz suave de Nivaldo, ela foi se acal-mando.
Ele então a
orientou no sentido de procurar tratamento pa-ra livrar-se do vício.
Nivalda habituou-se a telefonar para lá todos os dias no mesmo ho-rário, confessando-se
“viciada” por sua voz.
Procurou sua família, que lhe deu o apoio necessário, e tratando-se
adequadamente, conseguiu
livrar-se do vício, e depois de algum tempo, ei-la definitivamente curada e de volta a sua vida familiar.
Como jamais conseguiu esquecer que sua vida havia sido salva por uma
anônima “voz amiga”, procurou a CVV de sua cidade, inscre-vendo-se como voluntária para,
quem sabe, poder ajudar alguém que chegasse ao mesmo ponto de desespero que ela havia chega-do.
Esta é a historia de “Nivalda”
que conseguiu voltar do outro lado, porque encontrou uma “Voz Amiga”, que soube escutá-la e orien-tá-la.
E como certas “vozes”
são necessárias em nossa vida...
E como a CVV ajuda a salvar vidas.
Esta historia é real, apenas os nomes das personagens estão troca-dos.