Resolvi passar as férias em um lugar diferente, escolhi um lugar que havia visto numa pequena
cidade, um casarão antigo com ar bucóli-co.
Queria descansar da cidade grande, esquecer todo alvoroço.
A casa me pareceu o lugar ideal, para o que eu queria, preço razo-ável, um lugar bonito, confortável
e com empregados, era tudo que eu queria.
Alguns dias após minha chegada conclui que havia escolhido o lugar certo, passeava
pelos campos durante o dia e dormia ao som de grilos.
A noite seguia normal e calma como todos as outras, parecia que iria chover, haviam relâmpagos
cortando o céu escuro e trovões que faziam estremecer o chão, coisa incomum no inverno.
Estava eu me distraindo com uma leitura após o jantar, os empre-gados já haviam se recolhido deixando
um chávena quente, alguns biscoitos sob a mesa e a lareira acesa.
Foi quando escutei um barulho lá fora, olhei pela janela mas nada vi, deveria ser um empregado
saindo ou chegando, quando de re-pente faltou a energia... não sabia onde encontrar velas ou um lampião, tateando pela casa ainda pouco
conhecida, deparei-me com um candelabro na mesa peguei meu isqueiro no bolso da calça e acendi as velas o que em muito me aliviou,(
odeio escuro), quando me encaminhava para a cadeira onde
estava lendo vi um vulto passar correndo em direção as escadas que levam aos quartos, assustei-me... chamei pelos empregados, mas não obtive respostas.
Resolvi subir e ver quem estava lá em cima, trêmula e meio ame-drontada, subi devagar cada
degrau, chegando ao alto olhei o cor-redor estavam todas as portas fechadas, encaminhei-me ao meu quarto quando abri a porta, gritei,
quase desmaiei...
Dançando e rodopiando em cima da cama estava havia um ser es-tranho!
Desesperada corri escadaria abaixo, tropecei em algo que nem pa-rei para olhar, quando subitamente
pulou na minha frente aquele ser que acabara de ver lá em cima... Apavorei-me!
A voz não me saia, não sabia o que fazer...
Foi quando de repente a energia voltou, olhei em volta a procura do que havia visto, já não estava
lá, ainda nervosa e com medo fui até a poltrona onde estava lendo...
Encontrei um recado no livro que estava a ler, dizendo:
FELIZ DIA DAS BRUXAS SÓ VIM BRINCAR COM VOCÊ.
Claro que não consegui dormir nesta noite, preocupada com o que ainda poderia acontecer.
Acredito que cochilei na poltrona, pois quando meus olhos abri já havia amanhecido.
Lembrei-me do recado no livro e fui pegá-lo, o livro havia sumi-do...
Sonho ou realidade?
Não sei, nem esperei para saber a resposta.
Arrumei as malas e parti desse lugar assombrado...
Noite Sinistra....