A Árvore de Natal
A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimen-to de Jesus Cristo, ficando entre o segundo e o
terceiro milênio A.C.
Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que
estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as
árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza,
por isso lhes rendiam culto.
O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores.
No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costuma-vam colocar diferentes enfeites nele para atrair o
espírito da natu-reza, que se pensava que havia fugido.
A árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e suas primeiras
re-ferências datam do século 16.
Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, Fran-ça, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no
século 20, virou tra-dição na Espanha e na maioria da América
Latina.
Uma lenda cercada de mistério e magia
Quem nunca acreditou em Papai Noel?
Um velhinho com roupas vermelhas,
barba branca, cinto e botas pretos que passa de casa em casa
para deixar presentes às famí-lias.
De geração em geração, a lenda do Santa Clauss ganha mais
reali-dade no mês de dezembro, quando o mundo celebra o nascimen-to de Jesus Cristo.
Será que ele existe?
Será lenda?
Bem, isso depende de cada um.
Mas diz a história que o bom velhinho foi inspirado na figura de
um bispo que de fato existiu.
São Nicolau nasceu no século 3, em Patras, na Grécia.
Quando seus pais morreram, ele doou todos os seus bens e optou
pela vida religiosa.
Com apenas 19 anos, foi ordenado
sacerdote e logo tornou-se arce-bispo de Mira.
Dizia-se que na cidade em que ele nasceu viviam três irmãs que
não podiam se casar por não ter dinheiro para o dote.
O pai das meninas resolveu, então, vendê-las conforme fossem
atingindo a idade adulta.
Quando a primeira ia ser vendida, Nicolau soube do que esta-va acontecendo
e, em segredo, jogou através da janela uma bolsa cheia de moedas
de ouro, que foi cair numa meia posta para secar na chaminé.
A mesma coisa aconteceu quando chegou a vez da segunda.
O pai, afim de descobrir o que estava
acontecendo, permaneceu espiando a noite toda.
Ele então reconheceu Nicolau, e pregou sua generosidade a todo o
mundo.
A fama de generoso do bom velhinho, que foi considerado santo
pela Igreja Católica, transcendeu sua região, e as pessoas começa-ram a atribuir a ele todo tipo de milagres e lendas.
Em meados do século 13, a comemoração do dia de São Nicolau
passou da primavera para o dia 6 de dezembro, e sua figura foi
re-lacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de
bispo e montado em burro.
Na época da Contrarreforma, a Igreja católica propôs que São
Nico-lau passasse a entregar os presentes no dia 25 de dezembro,
tal co-mo fazia o Menino Jesus, segundo a tradição destes tempos e que
ainda hoje continua em alguns pontos da América Latina.
Os holandeses, no século 17, levaram para os Estados Unidos a
tra-dição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau
- a quem eles chamavam Sinter Klaas.
Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus - nome que o
Pa-pai Noel recebeu nos Estados Unidos - foram dois escritores de
No-va York.
O primeiro, Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que
São Nicolau já não usava a vestimenta de bispo, transformando-o
em um personagem bonachão e bondoso, que montava um cavalo
voador e jogava presentes pelas chaminés.
Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C.
Moore, enalteceu a aura mágica que Irving havia criado para a
per-sonagem, trocando o cavalo branco por renas que puxavam um
tre-nó.
Ao longo do século 19, Santa Claus foi representado de muitas
ma-neiras.
Ele teve diferentes tamanhos, vestimentas e expressões, desde
um gnomo jovial até um homem maduro de aspecto severo.
Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas
Nast realizou a primeira ilustração de Santa Clauss descendo por
uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende.
Pouco a pouco ele começa a ficar mais alto e barrigudo, ganhar
barba e bigode brancos e a aparecer no Polo Norte.
O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade
comer-cial.
Em 1931, a Coca-Cola encomendou ao
artista Habdon Sundblom a remodelação do Santa Claus de Nast para
torná-lo ainda mais pró-ximo.
Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu -
de uma propaganda da Coca-Cola! - o Papai Noel que a gente
co-nhece.
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