À rédea solta, num galope pelo prado,
sigo um risco imaginário sobre a relva.
A montaria... minha amiga,
tão antiga, mas rebelde,
em que me esqueço,
e não conheço,
estanca!
E me lança sobre o solo,
onde rolo,
falo,
esperneio,
E me calo!
Ergo os olhos para o sol,
que me queima,
mas que teima em me afagar...
E ele manda que eu remonte e volta à luta!
Obedeço e pego a rédea,
e esqueço logo a queda.
E me empenho,
E me embrenho nessa mata,
que me mata, me sufoca,
mas me salva e me dá ar,
me dá água,
me afoga,
afaga,
esmaga...
Mas me força a continuar.
Formatação de Carlos Roberto Lemberg |
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