Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você... eu lhe daria um abraço mais forte do que todos os anteriores... Se eu soubesse que seria a última vez a ver você... eu lhe daria um beijo e o chamaria para dar mais um... Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir a sua voz... eu gravaria cada movimento e cada palavra, para revê-los depois todos os dias. Se eu soubesse que seria a última vez que eu poderia parar mais um ou dois minutos para dizer: "gosto de você"... eu diria, ao invés de deixar que você presumisse. Se eu soubesse que hoje seria o último dia a compartilhar com você... o sentiria muito mais intensamente em vez de deixá-lo simplesmente passar. Sempre acreditamos que haverá o amanhã para corrigir um descuido... para ter uma segunda chance de acertar. Será que haverá uma chance para dizer: "posso fazer alguma coisa por você"? O amanhã não é garantido para ninguém, seja para jovens, ou mais velhos, e hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos. Então, se estamos esperando pelo amanhã, por que não agirmos hoje? Assim, se o amanhã nunca chegar, não teremos arrependimentos de não termos aproveitado um momento para um sorriso, para um abraço, para um beijo, uma gentileza, porque estávamos muito ocupados para dar a alguém o que poderia ser o seu último desejo. Abracemos hoje aqueles que amamos, sussurremos em seus ouvidos, dizendo-lhes o quanto nos são caros e que sempre os amamos. Encontremos tempo para dizer: "Desculpe-me", "Perdoe-me", "Obrigada", "Eu perdoo você". Sempre há tempo para amarmos e se não houver amanhã, também não haverá remorsos de hoje para carregarmos.
Glácia Daibert |