A vida não me ensinou a...
Glácia
Daibert
Dizer adeus às pessoas que amo.
Sorrir às pessoas que não
gostam de mim.
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é
verdade.
Aceitar gratuitamente agressões que não levam a nada
nem a
lugar algum.
Calar-me frente à violência de qualquer tipo.
Aceitar meus
erros como algo inerente ao ser humano.
Afinal eu posso ser sempre
melhor.
A
aceitar as injustiças quando tudo que fazemos
é
só tentar ajudar as pessoas.
Sorrir quando o que mais desejo é gritar
todas as minhas dores para o mundo.
Ficar inerte quando os que amo estão
com problemas.
Ser
hipócrita;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim
depósito de
suas frustrações e desafetos.
Ficar em cima do muro.
Fechar meus olhos às injustiças;
Ser imune à dor de um irmão,
de um amor, de um amigo.
Perdoar incondicionalmente, mas sempre procurar
perdoar.
Amar incondicionalmente.
Tudo isso a vida não me ensinou,
ou,
tentou ensinar-me, mas meus ouvidos estavam surdos
e só ouviram algumas
coisas.
Porém a vida ensinou-me e colocou em meu caminho:
Algum
amor;
Alguma alegria;
Algumas belezas;
Um pouco de
poesia.
Ensinou-me a, algumas vezes, perdoar.
Outras, a pedir
perdão.
Ensinou-me a sonhar acordada
(e,
isso, eu aprendi facilmente).
A acordar para a realidade (sempre que fosse
necessário).
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade
sem vergonha de demonstrar.
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir
estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las.
A ver o encanto do
pôr do sol.
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando
para preservar tudo o que é importante
para a felicidade do meu
ser.
A abrir minhas janelas para o amor;
a não temer o futuro;
a
aproveitar o presente como um presente que da vida recebi,
e usá-lo como um
diamante que eu mesma tenha que lapidar
lhe dando a forma da maneira que eu
escolher.
E é dessa forma que tento viver e levar a minha vida
para
frente, embora, às vezes, eu tropece,
como qualquer ser humano, normal,
afinal faz parte da
edificação, do crescimento!
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